quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Janela Para a Dor



Hoje é um dia triste
Solitário...
Confuso são os sonhos
que não se manifestam
nem me matam...


Hoje é um dia sofrido
Perdido...
Preso as minhas ilusões
não sou mais do que um
boneco, que manipulo...


Hoje é um dia de dor
Morto...
Vivo são os desejos
que não deixo queimar
e por fim sucumbem...


Hoje é um dia que se foi
Passado...
O amanhã trará uma nova vista
que se põe sobre seu nome
e o presente se perderá...


                                                                                       Thiago Grijó Silva

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Só Você Mesmo



Não sou digna de receber tal elogio
Só digo o que meus ouvidos escutam
E seria eu digna de ouvir esse som
Que me parece um canto

A levar minha vida adiante,
A buscar no mar um porto.
Você sempre consegue
Inspiração, que inveja,
Eu me disse.

Vou conseguir continuar, sem inspiração?
Ouço o canto do poema
Que responde a esse dilema:
"Não me forçe a fazer versos"

E eu interpreto que cada palavra escrita
Deve ser sentida, não forçada ou expulsa,
mas dita com vontade, gritada
E compreendendo o segredo
Eu declaro:

“Não vou estragar tão lindo poema.
Deixo por conta da inspiração.”



Thiago Grijó Silva e Mikaela Pires Serafim

O primeiro poema postado aqui que não é de autoria apenas minha. Parabens Mikaela.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal



Tudo que eu gostaria nesta noite
Era poder te dar um abraço
E desejar um ano de felicidades,
Que Deus ampare suas lagrimas.

A noite inteira, passei rezando
Aos anjos implorando seu perdão.
Decidi que não mais o queria
E agora, peço que velem sua tristeza.

Imaginei mil maneiras de te falar
Em como me aproximar, te abordar
Pegar na sua mão, e ao mergulhar
nos seus olhos, dizer que te adoro.

Sonhei com teu corpo até agora
E já sabendo que nunca será meu
A Deus, não pedirei esse "milagre"
Mas que você tenha um Feliz Natal!


Thiago Grijó Silva

Eu não espero que você leia...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

As Ruas da Cidade






















Um homem andava pelas ruas da cidade
A sombra de uma porta estava à agonia
De um homem que andava sozinho
Pelos becos escuros de um subúrbio frio.
A noite olhando pro teto sorria
Perguntava-se onde esta o brilho da vida.
Na noite andando pela rua numa decida
Depois uma subida
Olhava para as luzes
Como quem chama
Os sentimentos das ruas
Por onde passava as noites
Chorando ou mendigando um pouco de amor
Questionando sempre
Onde foi que ele errou.

Até que numa rua da cidade
Encontrou-se com a metade de um inteiro
Que ele tinha visto partir
E se deixando levar pela saudade
Descobriu-se na eternidade de sonhos
Que não podem morrer
E na maravilha de lembranças apaixonadas
Tornou-se uma figura fascinada
Pela arte e pelo amor

Que descobriu nas ruas da cidade
Por onde andava um homem de meia idade
Se sentindo retrógrado
A sombra da juventude
A frente do espelho
Do mal que se tornou
Do horror que se instalou
No olhar de piedade
De um homem que andava pelas ruas da cidade
A sombra de alguém que ele amou.

Carregando o mundo pelas ruas da cidade
O homem, cansado e fraco
Queixou-se de dor.
Deitou-se nas ruas da cidade
Fechou seus olhos
E nunca mais acordou...


Thiago Grijó Silva

sábado, 17 de dezembro de 2011

Momento de Solidão






















Estrela brilha no céu
Que eu não enxergo
Minha vida é um caminho
Traçado na escuridão.

O destino esta presente
Em meus braços
Mas eu não carrego
Nada além da minha solidão.

Trago nos olhos
Um amor que não sente
E um desejo ardente
Que não posso consumar.

Estrela brilha no céu
Que eu não enxergo
Minha vida e tristeza cantada
Por quem sabe poetar.

Trago na escuridão do caminho
Sentimentos vazios,
Um momento de solidão.
Nas lembranças eu morro
Mas a própria morte me revive
Na escuridão do caminho
Que eu não ouso enxergar.


Thiago Grijó Silva

sábado, 10 de dezembro de 2011

Manchas


Eu me lembro vagamente
Deste dia e dos outros
Onde me contentava
Um mero fetiche,
Não a banalidade dos dias
Decorridos quase sempre
Do infortúnio que me gerava
A ausência de tuas palavras,
Mas sim a  insubstituível
Marca sagrada, que não cura
As manchas que me obscurecem,
Um mero detalhe.
Não que seja importante
Mas eu ainda pensava
Que você se lembrava...


Thiago Grijó Silva

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Engano






Você me acusa de te matar
Mas quem foi que morreu?
Acredite eu morri mais que você
E não importa o que tu pense
Nem o que digas
Eu morri por vários dias
Enquanto tu não aparecia.

Você me acusa de te fazer chorar
Mas quem foi que chorou mais?
Acredite que eu chorei muito
Muito mais do que você nunca
Choraria, muito mais do que uma vida
Eu chorei até agora
Por uma sombra na minha memória.

E você diz que eu sou perverso
Que eu destruí a sua vida
Como se eu tivesse planejado
Ou não tivesse nem sofrido
E apenas quisesse ter te destruído
Como se meu coração não tivesse morrido
E eu não o tivesse enterrado, a gritos!

E você diz que só você sofreu
E que para mim nada mudou
Como se eu não tivesse sentido
Cada golpe do punhal
A perfurar meu coração
Que morto já não gritava
E eu que sonhei até agora
Pra no fim te ouvir me dizer

Que eu te destruí
Te matei e te feri
Que graças a mim você sofreu
Como se eu quisesse te matar
Mas eu nunca te feri
E não era pra te magoar
Mas se foi esse o resultado
Me desculpa por ter errado
Eu só fiz ficar apaixonado.


Thiago Grijó Silva

Dedicado a uma sombra chamada Tais...



Porque as suas palavras doeram mais do que qualquer coisa...