Dias vazios
Frios como a ternura
Branda do meu coração sombrio
Como a loucura doce
Que acalma minha mente sutil
Que me abraça
Com o calor de um arrepio
E como se todo dia
Me sentisse assim
Vivo dentro da morte
Morrendo enquanto sonho
Vivendo enquanto acordo
E a mente me desperta
Com o menor calafrio
Do seu corpo sutil
No amanhecer do vazio
Que me enriquece a alma
Que me da sentido
Como se todo dia
Me sentisse sozinho
Procurando as escuras
Enquanto perdido
Seguindo com medo
Enquanto vencido
São dias solitários
Frios como o amor sólido
Do seu olhar sem brilho
Como o céu vazio
Que me faz sentir esquecido
Que me entristece
Com a noite mergulhada no sombrio
Como se refletisse
A ausência da esperança
A força de perder
A vontade de não querer... Morrer...
São dias sombrios
Eternamente vazios...
Thiago Grijó Silva