terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Você Pra Mim


Eu quero você mais do que tudo...
Incendiar tua carne com a minha,
Consumar o pecado no suor de nossos corpos
Entregues a beijos trocados
Sob os lençóis de um motel barato.
Descer nua e crua tua pele sedosa
Sentir o calor de teu fogo
A esfregar-se em minha cara
Deliciar-me com teus seios
Entregar-me de alma a tuas pernas abertas
Invadir tua intimidade
E tomá-la por completo
Fazê-la parte de mim
Fazer-nos parte de um
Eu quero você mais que tudo
Eu quero você mais que o mundo
Eu quero você para mim...


 
Thiago Grijó Silva

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ilusões



Ouço o som
Que me parece um grito
E ao despertar de meus medos
Encontro-me perdido

Escuto os passos
Que me enlouquecem
E ao reencontrar meu desespero
Refugio-me na sombra

segura de meus dias infernais
E deito-me nas nuvens, como quem espera
A ultima lagrima de esperança cair para lavar-me

a dor de tantas existências
E dividindo-me entre mundos, me perco em todos eles
Me torno parte deles... pra sempre...



Thiago Grijó Silva

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Consumação do Meu Prazer





O meu ultimo sono
Não foi tranqüilo
Mas perturbado
Por uma imagem,
Que me entregou o destino,
De um desejo
Que ascende a mais e mais
A cada segundo
Consumindo nossos limites
Até a fronteira da nossa vontade
Onde, a mente se desarma,
A atração que nos cerca
O ápice do momento
É a genitália que se esfrega.


A minha ultima noite
Não foi tranqüila
Mas perturbada
Por uma vontade,
Que me despertou tua imagem
Um ardor que ascende mais e mais
Até a fronte de nossa batalha
Onde me rendo a teu corpo
E me entrego a tua alma
E juntos dançamos,
O despertar desse libido,
Modelando nossos corpos,
Os lábios se roçam,
Não poderia ser mais intimo.


Minha manhã foi clara
Mas não foi tranqüila,
Perturbada
Pelo despertar de um desejo,
Me vendido por uma imagem,
Concedida a mim pelo destino,
Não consumada
Mas me consumindo
Pouco a pouco
E a mais e mais
Ascendendo minha vontade,
Ainda que por um minuto,
De recolhê-la em meus braços
E tomá-la.


Thiago Grijó Silva

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ACORDE!!!


Percebo a tristeza nas ruas por onde passo
Nas crianças doentes com fome
Nos meninos bandidos que não sabem amar
Nas pessoas frias que não percebem o mundo
Nos homens cruéis que maltratam os outros
E nas pessoas distintas,
Tão ocupadas com suas próprias vidas
Que se esquecem de que vivem aqui também.





Percebo a dor
Nos olhos da mãe que perdeu seu filho na guerra da vida
Numa lágrima triste ela expressa o seu amor
Numa vida vazia não a sentido para a dor.
Percebendo a fraqueza se finge de forte,
Tolice, porém quem finge ser forte,
Sempre se mostra fraco.





Percebo a maldade no coração humano
Povos cruéis, pessoas falsas, mentiras e enganos
Num castelo de cartas marcadas, construído por nossa
Própria ambição e crueldade. 

Vivemos fingindo que não vemos nada.
Mas a maldade só tende a crescer, quem sabe, 

espero, eu não esteja errado.

 

 
Percebo as lágrimas
Dos povos mais baixos que são massacrados
Por quem tem mais poder, 

e ainda são taxados de culpados.
Mas percebo também as lágrimas dos povos mais ricos
Que não sofrem menos que você.
Ninguém se preocupa com o quanto você sofre
Desde que seu sofrimento
Também não me faça sofrer.



Percebo a verdade
A verdade da mentira que tentam nos empurrar
Dizendo coisas nas quais deveríamos acreditar?
Nos contam mentiras todos os dias, 

nunca param de inventar
Nesta jogatina barata, embora seja de cartas marcadas,
Ainda conseguem nos enganar.
 


Percebo a vida e como é cruel
Cruel por nos permitir sofrer
Mais cruel ainda por nos tirar 

tudo que nos é dado
Saúde, juventude, e o direito de viver.
Mas sua maior crueldade está
Em nos permitir viver como humanos,
Antes fossemos animais.
Não a preço que pague
A desgraça de pertencer à raça humana.





Percebo agora a inutilidade do que digo
Palavras tão vazias de sentido
Que talvez possamos entender
O que não consigo explicar.
 






Percebo o ódio
Que cultivado no coração humano
Corroeu o amor e o tornou insólito
Para todos que nele acreditavam.
 






Percebo a canção
Da vida cantada pelos pássaros do amanhã
Que não virá para maioria de nós.
Poucos vão viver.
 





Percebo o apocalipse
Que não é a vingança de Deus,
Mas sim a conseqüência de nossos próprios atos.


 






Percebo um Deus
Que nos despreza, mas nele não creio.
Mas vale um pai que um Deus.

 



Percebo agora o mundo
Doente com pessoas feridas
Sem remédio pra curar as feridas
Então sinto dizer, que morram!
Pois não há mais nada que se possa
Fazer pelo mundo,
Se não enterrá-lo.




                                                       Thiago Grijó Silva

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Eu Sonho...



Com flores mortas na velha estufa
Trovões que cantam o som do medo
A chuva que pousa, delicadamente,
Entre os rombos da minha casa.

Com o frio moribundo que murmura
Entre as paredes umedecidas
Da minha ilusão, um lapso de sanidade
No qual habita um resquício de esperança.

Com as trevas da noite para que me ceguem
Da luz que me ostenta as lembranças
Pelas janelas sobre as quais observo
Uma vida que deixei para trás.

Com o fim da noite em minha casa
Tingindo, de vermelho, as ilusões
Até quebrá-las, e então desfrutar
Do beneficio de não sentir nada.

Com flores nascendo na velha estufa
Sorrisos e o canto dos pássaros
Uma projeção da realidade
Inverossímil e impraticável.


Thiago Grijó Silva

domingo, 15 de janeiro de 2012

Me Ajude a Ser Feliz!


Alguem me ensina a ser feliz!
Que já desisti de aprender
a sorrir num dia nublado,
mantendo o rosto fechado
para os sonhos
que definham
isolados.





Thiago Grijó Silva

O quão longe pode ir a tristeza? Você nunca sabe até conhece-la 

e ai você tem certeza, que é uma estrada sem fim...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Estação das Chuvas






















Esta chovendo no meu coração
Dor, gotejando das folhas
Palavras que umidecem
A alegria que se verte
em tristeza.

Esta chovendo no meu coração
Ilusões, falseteando lembranças
Essas que me remetem
A luz que se verte
em escuridão.

Esta chovendo no meu coração
Males, que me queimam
A carne correndo-me
A alma que se verte
em fumaça.

Esta chovendo no meu coração
Um nome, garoando mentiras
Que me fazem lembrar
Sentimentos que se vertem
em lagrimas.





Thiago Grijó Silva

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Beijo da Morte




Pela pele escorrega
O frio que me gela
A alma num suspiro
Onde termina a dor 

E pelo teu beijo sofro
Do meu desejo inibido
De me entregar 
Ao sonho sem cor

Onde o escuro que me vela
Acalanta meus prazeres
Apaziguando a consciência
De quem um dia

Serviu ao próprio engano
Se mantendo em sofrimento
E agora jazz sepultado
Em pensamentos.


Thiago Grijó Silva

domingo, 8 de janeiro de 2012

Desejos



Eu venho de longe
Te fazer um pedido
E no meio do caminho
Eu desisto...


Volto para casa
Começa a chover
Me escondo nas cobertas,
De você...


Ouço a tua voz
Na minha lembrança falar
E o medo a repreender
Minha vontade de te ver...


Thiago Grijó Silva

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Mim




Sentado de frente pro nada
Observando, calmo e atentamente,
A nada...
Mergulhado nos mais profundos pensamentos
Perdido entre vários sentimentos.

Parado ante a gravura
Observando, calado e vagarosamente,
Um corpo doente...
Desprovido dos mais nobres sentimentos
Vagando entre lembranças

Estas que já se perderam,
Enquanto observava a gravura
Em branco, no peito
Me acolhiam saudades.
E ao nada agradeço
Justamente por não me mostrar
O que vejo.

Sentado de frente a um espelho
Observando a mesma imagem
Por vidas...
Mergulhado em profunda saudade
Na expectativa de um milagre...



Thiago Grijó Silva

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Cavaleiro Negro


Cavalgo a noite
Sem rumo, sem direção
Seguindo o rio numa estrada
Cujo nome é solidão.

Sem uma espada
Trago no coração
Um sorriso de criança
Uma lagrima de paixão.

A armadura de ferro
Pesa nos meus ombros
E por dentro carrego
Todo o peso do meu ego
Que transmutou-se em magoas
Marcadas no coração
Envelhecendo meu rosto
Deixando marcas nas mãos.

Reunindo minhas forças
Continuo a cavalgar
Sem saber onde posso chegar
Continuo a lutar.

Cavalgando a noite
Sem rumo sem direção
Seguindo o rio
Com sangue do meu coração.

Minha alma fraqueja
Meu grito é de dor
Mas ainda desejo
Sentir teu amor.

A estrada continua
Mas meu cavalo parou...

Num suspiro
Joguei-me ao chão
E num ultimo gemido
Pronunciei teu nome em vão
O rio segue
Com sangue do meu coração
E a noite me levanto

Cavalgando
Sem rumo ou direção,
Na mesma estrada,
Pela eternidade dessa canção.


Thiago Grijó Silva

domingo, 1 de janeiro de 2012

Uma Tarde na Praia


Quem me dera ser poeta
E desenhar sua beleza
Estampar nas palavras
Sua natureza.

Quem me dera te escrever
Ser levado pelas ondas
A encontrar inspiração
Para falar do teu coração.

Quem me dera ser poeta
Respirar da tua vida
Discorrer sobre a brisa
Um leve sopro de emoção.


Thiago Grijó Silva