quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Tumulo


Dor que não percebe doer
Chão que não consigo pisar
Os sonhos que não alcanço
Se põem no fenecer de um abraço
Retrato marcado no infinito
Ilusão de menino, perdido
Que não consegue acordar.

Solidão que não se percebe
Mentiras que viram verdades
O mundo perdeu suas cores
E o tempo, antes eterno,
Agora se põe sob as paredes
Grosas de vidro que me cercam
A mente e não me impedem de ver.

Morte que não percebe morrer
Céu que não consigo tocar
Sangue que não percebe sangrar
Tempo que não percebe perder
Dias que não podem voltar
Dor que não percebe doer
Sonho do qual não vai despertar.


Thiago Grijó Silva

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