quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ninguém


Ninguém me vê
Andando pelo escuro
Vagando por um fluxo independente
Temendo por saber

Ninguém sabe
Dos meus tormentos
Hora seja por covardia
Horas mais tarde talvez por alegria
Ninguém me vê sofrer...

Ninguém
As entrelinhas da minha historia
Nem mesmo se importam 
Quando eu for embora
Quem vai chorar?

Ninguém ouviu
O grito desesperado do meu silencio
Calado pela minha repressão
Mas libertado pelo meu dom...

Ninguém quer me dar
Um olhar de carinho
Atrás das sombras só encontro escuridão
E dentro delas, proteção...

Ninguém olha
Ao redor tudo vazio
Mesmo em publico estou sozinho
Mesmo amando, não sou amado
Mesmo andando eu paro
Procuro um amigo
E do meu lado...
Ninguém...

A verdade é que o tempo passou
Segui meus próprios passos
E ignorei os rastros que qualquer outro deixou
Agora estou parado
Me esconder era tão fácil
E o que me sobrou?
Enterrar-me no passado
Nas lembranças que me restaram
Nos amores que vivi
Nos minutos que sorri
O instante em que falei
Nada sou, nada sei
Apenas sinto um vazio

Temendo por saber
Andando pelo escuro
Ninguém me vê...


Thiago Grijó Silva

Um comentário:

  1. Não é necessário que alguém veja, desde que sintam isso com você.
    A escuridão nos faz temer a luz, quando, nos acostumamos a ela.

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