sábado, 6 de agosto de 2011

Negação

A sombra daqueles que passam
Eu sou o auto da negação
A sombra daqueles que ficam
Aprisionados no meu coração
A sombra daqueles que seguem
Sigo apenas uma direção
Onde não encontro palavras,
Onde não há emoção,
Vou vivendo de acordo
Com a minha solidão
Tateando mentiras
No meu mundo de ilusão.

A sombra daqueles que passam
Vou passando sem visão
A sombra daqueles seguem
Sigo invisível na multidão
Onde não encontro carinhos
Onde não há afeição
Vou andando em círculos
Procurando atenção
Revivendo o passado
Em busca de uma solução

As palavras passam
A sombra das pessoas que falam
E eu não escuto os sons
Na minha triste melodia
Ouço apenas o sangrar
De uma ferida
A sombra de quem me fez sofrer
Sigo a mesma melodia
Eu sou o auto da minha agonia
A sombra de quem não sabe viver...


Thiago Grijó Silva

Um comentário:

  1. Como sempre você mergulhou fundo na alma e o resultado foi um poema forte e profundo.Parabéns poeta!!!... Gis.

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